Falta de colaboração e muito ouro: o que juiz considerou ao manter prisão de empresário flagrado com 103 kg de ouro em Roraima

  • 07/08/2025
(Foto: Reprodução)
Empresário e casado com blogueira: quem é o suspeito preso com barras de ouro A grande quantidade de ouro e o silêncio de Bruno Mendes de Jesus, estão entre os principais motivos da decisão do juiz federal Victor Oliveira de Queiroz em determinar prisão preventiva do empresário flagrado com 103 kg de ouro. "Não se pode conceber como natural o transporte de elevadíssimo montante de minério, especialmente em regiões alcançadas por terras indígenas, que continuam a serem saqueadas por criminosos", afirmou o magistrado da 4ª Vara Federal Criminal. O empresário foi preso nesta segunda-feira (4), ao ser flagrado com 103 kg de ouro, apreensão histórica feita pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). LEIA MAIS: Empresário e casado com blogueira: Quem é o suspeito preso com barras de ouro avaliadas em R$ 61 milhões Preso na Pamc: Empresário flagrado com 103 kg de ouro é levado ao maior presídio de Roraima VÍDEO: Veja momento em que PRF tira barras de ouro escondidas em porta-objetos de carro Maior apreensão da história: PRF apreende 103 kg de ouro avaliados em mais de R$ 60 milhões Juiz afirmou que, apesar de Bruno ter o direito constitucional de ficar em silêncio, a conduta praticada por ele se encaixa em uma situação em que a prisão é válida, conforme o Código de Processo Penal (CPP). ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 RR no WhatsApp 🤐 Bruno ficou calado Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos é empresário em Rondônia Reprodução/Instagram Ao ser abordado pela PRF, Bruno disse ser fiscal de obras e afirmou que havia saído de Manaus para verificar uma construção. Na Polícia Federal, não disse mais nada. O silêncio de Bruno às autoridades sobre a origem e para onde iria o ouro foi entendido pelo juiz como algo que não pode ser ignorado nesse contexto. "Não se pode descurar [ignorar], ainda, a ausência de colaboração do investigado com as autoridades, não revelando a origem ou destino do minério que carregava consigo", citou o juiz na decisão. O magistrado justificou a necessidade da prisão preventiva com base na gravidade da conduta do acusado e nos danos causados ao patrimônio federal. Ou seja, o ato foi grave porque envolveu um bem ou interesse do Estado. Além disso, o magistrado destacou que o transporte de 103 kg de ouro levanta suspeitas sobre exploração de bens ou matérias-primas pertencentes à União sem autorização, com indícios de lavagem de capitais e atuação de organizações criminosas. Ao ser flagrado, Bruno estava com a esposa e o filho de 9 meses no veículo. O juiz destacou que o acusado optou por cometer um crime mesmo na companhia de seus familiares, e isso demonstra que a liberdade de Bruno representa um perigo concreto. O magistrado entendeu que conceder a liberdade ao réu enviaria uma mensagem negativa à sociedade, e as pessoas perderiam a confiança no sistema judiciário. E estimularia 'outros indivíduos se sintam à vontade para praticar crimes da mesma natureza com a certeza da impunidade'. A defesa do empresário argumentou que ele não possui antecedentes criminais ao solicitar liberdade provisória. O juiz citou na audiência de custódia, que a prisão preventiva pode ocorrer independentemente de ser réu primário, caso haja razões suficientes para isso. "Entendo que a prisão preventiva é a única medida cabível na espécie capaz de assegurar a ordem pública. Eventuais medidas diversas [...] não evitaria a continuidade delitiva, visto o modus operandi adotado pelo investigado, de transportar, sem receio, quantidade expressiva de ouro, e diante da negativa em colaborar com as investigações". 📱 Acesso ao celular autorizado Além disso, o magistrado autorizou a quebra de sigilo telefônico do investigado. A Polícia Federal terá acesso aos dados do celular de Bruno. "[De acordo com o que consta no processo], especialmente diante da ausência de colaboração do investigado, é fundamental apurar em detalhes todas as circunstâncias dessa prática ilícita, para garantir a completa elucidação dos fatos e a responsabilização de todos os envolvidos". Bruno Mendes de Jesus, de 30 anos, foi levado à Penitenciária Agrícola de Monte Cristo, o maior presídio de Roraima Reprodução e Caíque Rodrigues/g1 RR Bruno está preso na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), o maior presídio de Roraima, localizado na zona Rural de Boa Vista. O empresário foi autuado na Polícia Federal pelos crimes extração ilegal de minério, previsto na Lei de Crimes Ambientais, e usurpação de bens da União. Leia outras notícias do estado no g1 Roraima.

FONTE: https://g1.globo.com/rr/roraima/noticia/2025/08/07/falta-de-colaboracao-e-muito-ouro-o-que-juiz-considerou-ao-manter-prisao-de-empresario-flagrado-com-103-kg-de-ouro-em-roraima.ghtml


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